Paulo Matheus

Sobre ser criança.

16 de setembro de 2024.

Creio que a maior das ofensas que podemos dirigir a alguém é chamá-lo de criança. Para um adulto, essa palavra carrega um peso de desprezo, insinuando que a mente é ainda imatura e não plenamente desenvolvida. Dostoiévski, em sua obra-prima Os Irmãos Karamazov, parece ter captado esta nuance com notável profundidade. Embora o autor russo tenha se mantido firme contra o socialismo durante toda a sua vida, muitos tentam agora, após sua morte, reescrever sua história para encaixá-lo em seus próprios moldes ideológicos. É inegável, porém, que Dostoiévski defendia com brilhantismo suas ideias, mesmo quando estas eram amplamente rejeitadas. Em Os Demônios, ele critica gerações intelectuais fracas como responsáveis pelas consequências do socialismo. No entanto, em sua obra final, ele opta por uma expressão ainda mais incisiva: a de uma criança.

Este conceito é personificado no jovem Kólia, cuja ingenuidade o leva a buscar soluções sociais simplistas sem a devida compreensão do mundo. Diferentemente de Ivan Karamazov, cujas complexas e por vezes desesperadas ideias o conduzem à loucura, Kólia representa o socialista típico: indignado com os problemas, mas desprovido de uma análise profunda. A imaturidade não é apenas um estágio de desenvolvimento natural; quando perpetuada na idade adulta, torna-se um obstáculo à racionalidade, moldando uma visão do mundo baseada em sentimentos e pensamentos estagnados.

Aqui, no entanto, não estamos apenas considerando a imaturidade em si, mas também a maneira de abordá-la. Aliosha Karamazov, ao interagir com Kólia, não apenas desafiou suas ideias com perguntas retóricas, mas também buscou guiá-lo ao caminho da sabedoria, similar ao que Dallas Willard descreve em Gentileza que cativa. Essa abordagem gentil mostrou-se mais eficaz do que qualquer debate apologético ou crítica ao socialismo, oferecendo a Kólia uma orientação que seu estado mental ainda não podia abarcar.

No entanto, o exemplo mais profundo sobre como lidar com a imaturidade e as disputas pode ser encontrado no Evangelho de Lucas, capítulo 9, versículos 46 a 48. Quando os discípulos discutiam entre si sobre quem seria o maior, Jesus não se envolveu na disputa com argumentos racionais ou reprovações, mas, ao contrário, usou a simplicidade para ensinar. Ele colocou uma criança no meio deles e declarou que "quem receber esta criança em meu nome, a mim me recebe". Com isso, Jesus revelou que a verdadeira grandeza está na humildade e na simplicidade, não na autoridade ou na competência intelectual. Ele não exigiu dos discípulos um conhecimento profundo ou uma sabedoria madura antes de ensiná-los, mas os instruiu a receber o ensino com a mente e o coração abertos, como uma criança.

A lição final que Jesus nos deixa é que, ao lidarmos com a imaturidade, seja de ideias ou de pessoas, devemos adotar uma postura de humildade e paciência. Em vez de confrontar com argumentos pesados ou críticas severas, devemos nos aproximar com gentileza, oferecendo uma orientação que respeite o estágio de desenvolvimento do outro. A verdadeira sabedoria se manifesta na capacidade de receber e ensinar com simplicidade e amor, ajudando a iluminar o caminho de forma que todos possam crescer e aprender. É na humildade e na gentileza, portanto, que encontramos o verdadeiro poder de transformar e guiar, refletindo o exemplo perfeito de Jesus.

Melanchthon no cinema: entre o protagonismo de Lutero e o brilho discreto do reformador.

10 de agosto de 2024.

Quando se trata de retratar a Reforma Protestante no cinema, o nome que inevitavelmente domina as telas é Martinho Lutero. No entanto, figuras igualmente importantes, como Philipp Melanchthon, aparecem frequentemente à sombra do grande reformador. Esta dinâmica é explorada em produções cinematográficas que, apesar de suas intenções, acabam reforçando a ideia de que "grandes homens fazem a história sozinhos", conforme apontado por Wipfler (2017).

Os primeiros filmes nos Estados Unidos foram obra de protestantes, como observa Espinosa (2023). Essas produções focaram, entre outras temáticas diversas, em figuras centrais da Reforma como Lutero, relegando Melanchthon a um papel coadjuvante. Mesmo sendo um dos principais intelectuais do movimento, sua presença no cinema é discreta e raramente ganha o destaque merecido. 

Dois filmes se destacam ao tentar retratar a vida e os feitos de Lutero: "Lutero" (1953), dirigido por Irving Pichel, e "Lutero" (2003), dirigido por Eric Till. O primeiro, lançado em um contexto de forte preocupação com a precisão histórica, apresenta Melanchthon como um aliado essencial de Lutero, especialmente em momentos cruciais como a tradução da Bíblia para o alemão. Nessa versão, Melanchthon é interpretado pelo ator inglês Guy Verney, e o filme é lembrado por sua tentativa de representar os eventos da Reforma com fidelidade. Mesmo assim, Melanchthon aparece como um personagem cujo brilho é ofuscado pelo protagonismo de Lutero, uma escolha narrativa que reflete o pensamento teológico das gerações posteriores.

Já na versão de Eric Till, lançada em 2003, Melanchthon é ainda mais secundário. Interpretado pelo ator alemão Lars Rudolph, ele aparece em poucas cenas, sempre ao lado de Lutero, mas sem grande destaque. Till opta por focar quase exclusivamente em Lutero, apresentando-o como uma figura solitária que lidera a Reforma por conta própria, uma abordagem que, embora dramática, distorce a realidade histórica. Essa escolha narrativa reforça a ideia equivocada de que Lutero foi o único motor da Reforma, ignorando o papel vital de colaboradores como Melanchthon.

A história da produção cinematográfica alemã também revela essa tendência de relegar Melanchthon a um segundo plano. Em filmes como "Lutero" (1923) e "Lutero" (1928), ambos dirigidos por cineastas alemães, sua figura mal aparece. Mesmo quando Melanchthon é retratado, sua presença é meramente acessória, servindo apenas para complementar a narrativa centrada em Lutero. Essa abordagem reflete uma visão simplista da história da Reforma, que subestima a contribuição significativa de outros reformadores.

Um aspecto central da atuação de Melanchthon na Reforma foi sua participação na Confissão de Augsburgo, um dos documentos mais importantes do movimento, que delineava os princípios fundamentais da fé protestante. Melanchthon desempenhou um papel crucial na elaboração desse documento, e sua participação é reconhecida por historiadores como um marco na história do cristianismo. No entanto, essa importância não é plenamente capturada nas produções cinematográficas. No filme de Pichel, de 1953, a Confissão de Augsburgo é abordada, e Melanchthon é mostrado como líder intelectual, sublinhando sua importância na elaboração do documento. Por outro lado, na versão de Till, de 2003, Melanchthon é retratado de maneira quase apagada, enquanto Lutero assume toda a responsabilidade e protagonismo, uma escolha que distorce a realidade histórica.

Ainda que Melanchthon tenha sido retratado com uma certa fidelidade histórica na versão de 1953, especialmente em sua contribuição como "mestre em grego de Lutero", o cinema ainda não fez jus ao seu impacto na Reforma. A teologia de Melanchthon, rica e independente, continua subestimada, frequentemente apresentada como um complemento à de Lutero, sem mencionar as divergências significativas entre os dois reformadores.

A representação de Philipp Melanchthon no cinema, portanto, reflete as complexidades e desafios de traduzir a história da Reforma Protestante para as telas. Embora tenha sido um dos principais arquitetos do movimento, sua presença nos filmes sobre a Reforma é geralmente ofuscada por Lutero, um reflexo tanto das escolhas artísticas dos cineastas quanto da própria história da Reforma, onde a figura de Lutero assumiu uma proeminência quase mítica. No entanto, para aqueles que desejam uma compreensão mais completa do período, é essencial reconhecer e valorizar a contribuição única de Melanchthon, cuja influência na teologia protestante e na história europeia foi profunda e duradoura.


Referências

ESPINOSA, Gastón; REDLING, Erik; STEVENS, Jason (Eds.). Protestants on screen: religion, politics, and aesthetics in European and American movies. New York, NY: Oxford University Press, 2023.

JUNG, M. H. Kirchengeschichte (3. überarb. u. aktual. Aufl.). Narr Francke Attempto Verlag, Tübingen, 2022.

PICHEL, I. (Diretor). Lutero [Filme]. Estados Unidos/Alemanha Ocidental. De Rochemont/Luterana Produções, 1953.

SCHEIBLE, H. (Ed.). Aufsätze zu Melanchthon. Tübingen, Mohr Siebeck, 2010.

SCHEIBLE, H. Melanchthon: Vermittler Der Reformation. Verlag C.H.Beck, 2016. http://www.jstor.org/stable/j.ctv1169b5w. Acessado em 17 de maio de 2024.

FRANK, G., LANGE, A. (Eds.). Philipp Melanchthon: Der Reformator zwischen Glauben und Wissen. Ein Handbuch. De Gruyter Reference, Berlin/Boston, 2017.

TILL, E. (Diretor). Lutero [Filme]. Alemanha: Eikon Film, NFP Teleart Berlin, 2003.

WIPFLER, Esther P.. Luther in Film und Fernsehen. Martin Luther: Ein Christ zwischen Reformen und Moderne (1517–2017), edited by Alberto Melloni, Berlin, Boston: De Gruyter, 2017.

J. C. Ryle e a pandemia

10 de dezembro de 2021

Como alguma frequência em seus livros, essencialmente na trilogia do anglicanismo evangélico (Nós Desatados, Caminhos Antigos e Religião Prática), nos deparamos com algumas indicações figurativas de J. C. Ryle em relação a doença e epidemias. Muitas delas são dignas de nota, como segue:


Em "Nós Desatados":

"Sinto que todos nós precisamos cada vez mais da presença do Espírito Santo em nosso coração para nos guiar, ensinar e manter-nos sãos na fé. Todos nós precisamos vigiar mais e orar para sermos sustentados e preservados da queda. Mas, ainda assim, existem certas grandes verdades que, em um dia como este, somos especialmente obrigados a manter em mente. Há ocasiões em que alguma epidemia comum invade uma terra, quando os remédios, sempre valiosos, adquirem um valor peculiar. Existem lugares onde prevalece uma malária peculiar, nos quais os remédios, em todo lugar valiosos, são mais valiosos do que nunca em consequência dela. Portanto, creio que há momentos e épocas na Igreja de Cristo quando somos obrigados a apertar nosso apego a grandes princípios verdadeiros, agarrá-los com mais firmeza do que a normal em nossas mãos, pressioná-los contra nossos corações, e não permitir que eles nos deixem" (Fariseus e Saduceus).

"Aconselho todo verdadeiro servo de Cristo a examinar seu próprio coração frequentemente e cuidadosamente quanto a seu estado diante de Deus. Esta é uma prática sempre útil: é especialmente desejável nos dias de hoje. Quando a grande praga de Londres estava no auge, as pessoas observavam os menores sintomas que apareciam em seus corpos de uma forma que nunca haviam notado antes. Um ponto aqui ou ali, que em tempo de saúde os homens não se importavam, recebia muita atenção quando a peste estava dizimando famílias e atacando uma após a outra! Assim deve ser conosco, nos tempos em que vivemos. Devemos cuidar de nossos corações com dupla vigilância. Devemos dedicar mais tempo à meditação, ao autoexame e à reflexão" (Fariseus e Saduceus).

"O pensamento da presença de Deus é um conforto em tempos de calamidade pública. Quando a guerra, a fome e a peste invadem uma terra, quando as nações são dilaceradas por divisões internas e toda a ordem parece em perigo, é animador refletir que Deus vê e sabe e está próximo, que o Rei dos reis está perto, e não está dormindo" (A Presença Real).


Em "Caminhos Antigos"

"As provações muitas vezes nos atingem de repente, como um homem armado. Doenças e ferimentos em nosso corpo mortal às vezes nos deixam deitados em nossas camas, sem qualquer aviso. Feliz é aquele que mantém sua lâmpada bem aparada e vive no sentido diário da comunhão com Cristo!" (Nossa esperança!).


Em "Religião Prática":

"Pode chegar o dia em que, após uma longa luta contra a doença, sentiremos que a medicina não pode mais fazer e que nada resta senão morrer. Amigos estarão de prontidão, incapazes de nos ajudar. A audição, a visão, até mesmo o poder de orar, estarão rapidamente falhando. O mundo e suas sombras estarão derretendo sob nossos pés. A eternidade, com suas realidades, surgirá diante de nossas mentes. O que nos apoiará nessa hora difícil? O que deve nos capacitar a sentir: "Não temo o mal"? (Salmo 23. 4). Nada, nada pode fazer isso, exceto uma comunhão íntima com Cristo. Cristo habitando em nossos corações pela fé, Cristo colocando Seu braço direito sob nossas cabeças, Cristo estando sentado ao nosso lado, só Cristo pode nos dar a vitória completa na última luta" (Doença).

"O tempo é curto. A moda deste mundo passa. Mais algumas doenças e tudo estará acabado. Mais alguns funerais e nosso próprio funeral acontecerá. Mais algumas tempestades e lançamentos e estaremos seguros no porto. Nós viajamos para um mundo onde não há mais doenças, onde a separação, a dor, o choro e o luto terminam para sempre. O céu está se tornando a cada ano mais cheio e a terra mais vazia. Os amigos à frente estão se tornando mais numerosos do que os amigos da popa. "Ainda um pouco de tempo e Aquele que há de vir virá e não tardará" (Hebreus 10. 37). Em Sua presença haverá plenitude de alegria. Cristo enxugará todas as lágrimas dos olhos de Seu povo. O último inimigo a ser destruído é a Morte. Mas ela será destruído. A própria morte morrerá um dia (Apocalipse 20. 14)" (Doença).

Apologética

18 de outubro de 2019

Talvez não haja um assunto tão importante e que para mim tenha um efeito tão edificante quanto a Apologética. Se você ler Atos 17, ficará abismado com a ousadia que Paulo teve diante dos epicuristas e estoicos. Quando nos lançamos ao mundo, nos colocando do lado cético e/ou ignorante ao que acreditamos, muitas vezes achamos que o cristianismo é uma religião ultrapassada, que se baseia em premissas insatisfatórias e, diante da infinidade de opções religiosas, se mostra apenas uma ideia dentre as demais interpretações sobre a vida. Mas, lá longe da Igreja, como C. S. Lewis bem nos fala, sofremos angustiantemente e isso nos faz lembrar do quão limitados somos e de tão poucas respostas sensatas possuímos para nossa brevidade nesta Terra, sendo o cristianismo ao meu ver a resposta mais racional aos nossos anseios, até mesmo aqueles que negamos ter.

Como diz Mateus 24: 35, "O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras jamais passarão". Talvez a principal prova quanto as alegações de ateus e outras religiões modernas estejam neste versículo. Muitas religiões foram (religiões egípcias) e outras surgiram (islamismo), muitos impérios perseguiram os cristãos em diversas épocas (os romanos no princípio e os soviéticos mais recentemente). Não esquecendo que os cristãos foram perseguidos intelectualmente durante o Iluminismo, que procurou teorizar demais a fé, e atualmente durante a revolução tecnológica, que nos satisfaz como se esse minúsculo tempo em que vivemos pareça eterno. Ainda assim, a Palavra nunca deixou de ser relevante em todos os campos, sendo que todos aqueles cristãos que estavam por detrás de uma mudança que revolucionou algo para a sociedade (quer sejam cientistas pioneiros ou importantes contribuintes aos preceitos de direito, política e literário) tinham a Bíblia como parâmetro.

O versículo mais utilizado como motor para o apologista possivelmente seja 1 Pedro 3: 15: "Antes, santifiquem Cristo como Senhor no coração. Estejam sempre preparados para responder a qualquer que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês". A resposta racional da nossa fé pode ser encontrada com um estudo profundo das Escrituras, o que talvez tenha relação a própria ruína do povo quando a deixa de lado (cf. Oseias 4: 6).

Apesar de toda a ênfase dada por Paulo em seu ministério, acho difícil justificar a pena de morte para hereges, por exemplo. Um herege, pela definição simplória, é alguém que discorda de um certo dogma, não na sua totalidade, mas distorce uma crença fundamental ou cria para si uma interpretação absurda. Uma pessoa que pratica tal absurdo tem objetivos diversos, mas reservo os dois principais: na antiguidade, quando Estado e Igreja eram apenas um poder, a heresia destruiria tudo (Agostinho parece ter defendido a pena de morte nessa circunstância). No atual momento, já não coexistindo sob o mesmo poder - uma herança da Reforma Protestante - apenas para destruir um sistema de crenças qualquer (parece que acabei de descrever o fundamento de um marxista). Logo, ainda que um herege atual venha com absurdos individuais para invalidar o Cristianismo, provavelmente ele irá aparecer tanto quanto Dan Brown, mas ainda assim nada justificaria a pena de morte. O fato mais emblemático quanto a esse assunto é a história de Sebastian Castellio (1515-1563). Fugindo da Inquisição francesa, que punia de forma capital os hereges, conseguiu um cargo de reitor na Genebra de Calvino, onde viu a mesma punição sendo aplicada aos hereges. Segundo Voltaire, a expulsão de Castellio de Genebra por Calvino por sua tolerância e sua morte na pobreza é devido à sua excelente erudição, possivelmente superior ao de Calvino. É dele a frase: "Matar um homem não significa proteger uma doutrina, significa matar um homem." [1]

Pois bem, alguns ditos apologistas podem cair no erro de achar que a Apologética é um combate frenético contra seitas heréticas cristãs. Esses mesmos parecem pensar que vivemos na época da Igreja-Estado, e que todos vivemos sob o cristianismo obrigatório, ou seja, que não há ateus, indiferentes ou outras religiões, tal como os fariseus faziam com Cristo - para eles, Jesus é que era herege. Entretanto, não havendo a pena de morte, ofensa neles!

Não parece que Paulo desejava que Nero tornasse o cristianismo a religião oficial do Estado para que pudesse queimar na fogueira os estoicos, para que deixassem de ser estoicos. Afinal, Paulo deixou de ser um perseguidor e passou a ser perseguido, não o contrário. Paulo tinha não apenas a convicção no coração de Jesus era Deus e que precisava ser pregado a todos, fosse Judeu, Gentio, Estoico, mas também que precisava argumentar sobre sua fé, sobre ser como Cristo. Sua atuação sem dúvida fez o cristianismo crescer nos primeiros anos. Diferente de todos os movimentos que reprimiam com morte os hereges, as bruxas, etc., que declinaram profundamente.

A apologética de Atos 17 é essencialmente contra os pagãos. Deve-se combater, entretanto, as heresias de seitas cristãs também. Contudo, dificilmente combateremos o pecado atirando pedras, já que todos somos de alguma forma pecadores, independente do grau. Se cremos que o Espírito Santo nos convencerá de nossos pecados, as palavras que dizemos já devem ser suficientes.

~

Notas:

[1] Hominem ocident non non doutrin tueri sed hominem ocidere.