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EPISTEMOLOGIA (do grego ἐπιστήμη, conhecimento, e λόγος, teoria, explicação; em alemão Erkenntnistheorie), na filosofia, é um termo aplicado, provavelmente pela primeira vez por J.F. Ferrier, àquela área do pensamento cujo objeto é a natureza e origem do conhecimento. Dessa forma, é contrastada com a metafísica, que considera a natureza da realidade, e com a psicologia, que trata da parte objetiva da cognição e, como disse o Prof. James Ward, "é essencialmente genética em seu método" (Mind, abril de 1883, pp. 166-167). A epistemologia preocupa-se mais com a possibilidade do conhecimento em abstrato (sub specie aeternitatis, Ward, ibid.). Na evolução do pensamento, a investigação epistemológica sucedeu às especulações dos primeiros pensadores, que se preocuparam principalmente com tentativas de explicar a existência. As divergências de opinião que surgiram neste problema naturalmente levaram à indagação sobre se alguma afirmação universalmente válida era possível. Os sofistas e os céticos, Platão e Aristóteles, os estoicos e os epicuristas abordaram a questão, e desde os tempos de Locke e Kant ela tem sido proeminente na filosofia moderna. É extremamente difícil, se não impossível, estabelecer uma linha clara e distinta entre epistemologia e outras áreas da filosofia. Se, por exemplo, a filosofia é dividida em teoria do conhecimento e teoria do ser, é impossível separar completamente esta última (ontologia) da análise do conhecimento (epistemologia), tal é a estreita conexão entre as duas. Novamente, a relação entre a lógica em seu sentido mais amplo e a teoria do conhecimento é extremamente próxima. Alguns pensadores as identificam, enquanto outros consideram a epistemologia como uma subdivisão da lógica; outros demarcam suas esferas relativas ao restringir a lógica à ciência das leis do pensamento, ou seja, à lógica formal. Alguns filósofos tentaram substituir "Gnosologia" (do grego γνῶσις) por "Epistemologia" como um termo especial para a parte da epistemologia que se limita à "análise sistemática das concepções empregadas pelo pensamento comum e científico na interpretação do mundo, incluindo uma investigação da arte do conhecimento, ou a natureza do conhecimento como tal". "Epistemologia" seria assim reservada para as questões amplas da "origem, natureza e limites do conhecimento" (Dicionário de Filosofia de Baldwin, i. pp. 333 e 414). O termo Gnosologia, no entanto, não entrou em uso geral.