Quid Novi in Veteri

Acompanhe aqui as novidades do site, dos livros e mais.

Mande-nos um e-mail para contato@repositoriocristao.com e receba diretamente em sua caixa.

Increva-se diretamente neste endereço: https://repositoriocristao.substack.com/

Quid Novi em Veteri #6

Fé e ciência.

Paulo Matheus

Ago 16, 2024


Big Bang


Em debates sobre a existência de Deus, é interessante notar que o "Big Bang" não é utilizado como premissa inicial em nenhum argumento teísta clássico. Em vez disso, ele emerge como uma consequência dedutiva natural de premissas que apontam para a necessidade de uma causa transcendente para o universo. Curiosamente, o ateísmo contemporâneo se vê em uma posição delicada em relação ao Big Bang. Embora essa teoria seja amplamente aceita como a explicação mais robusta para a origem do cosmos, muitos ateus buscam maneiras de evitá-la ou reinterpretá-la, uma vez que o Big Bang implica em um início cósmico – algo que, segundo alguns ateus, poderia sugerir a necessidade de uma causa externa ao universo.

Essa tensão é evidente nos esforços contínuos de alguns ateus em "inventar" teorias alternativas que possam eliminar a necessidade de um começo absoluto para o universo, tentando assim suprimir o que parece ser uma forte evidência de uma causa inicial. No entanto, é notável que a teoria do Big Bang continue sendo a explicação científica mais convincente para a origem do universo, mesmo entre muitos que se opõem à ideia de uma causa transcendente. Paradoxalmente, enquanto alguns cientistas e filósofos ateus se esforçam para neutralizar as implicações teístas do Big Bang, existem também aqueles que, curiosamente, tentam refutá-lo completamente. Para essa pequena minoria, que pode incluir alguns teólogos, o Big Bang é visto como uma teoria problemática que deve ser combatida, independentemente das evidências que o sustentam.

As teorias científicas, por mais que avancem nosso entendimento do universo, podem tanto desafiar quanto reforçar visões de mundo profundamente enraizadas. No entanto, é fundamental reconhecer que a verdade revelada pela ciência divina pode não ser plenamente compreendida pelo ser humano. Assim, a busca pela verdade, seja ela científica ou teológica, continua a nos desafiar e a convidar à reflexão sobre as grandes questões da existência com humildade e reverência.


Ainda em Fé e Ciência


Ao longo da história, a relação entre fé e ciência tem sido tema de muitas discussões. No século passado, o principal debate girava em torno da possibilidade de religião e ciência coexistirem de forma harmoniosa. No entanto, essa questão nunca foi um obstáculo real no desenvolvimento da ciência, uma vez que as maiores mentes das áreas científicas mais importantes eram, de fato, cristãs.

Com esse entendimento, o Repositório Cristão está se dedicando a traduzir e disponibilizar uma coleção inédita de obras, tanto no Brasil quanto no mundo de língua inglesa. Essa coleção inclui escritos de figuras como Pascal, Euler, Bacon e Boyle, que, ao abordar temas teológicos, defendem que a fé cristã não só é compatível com a ciência, mas que a transcende. Segundo esses pensadores, sem a fé, não há propósito claro que nos motive a explorar e compreender a natureza que nos foi revelada.

Em breve, mais detalhes! Nos acompanhe aqui.


Recensões de Inácio de Antioquia


O texto das epístolas de Inácio de Antioquia é conhecido em três versões diferentes, chamadas de recensões: a Recensão Curta, que está presente em um manuscrito siríaco; a Recensão Média, encontrada em manuscritos em várias línguas, como grego, latim, armênio, eslavo, copta, árabe, etíope e siríaco; e a Recensão Longa, disponível em manuscritos gregos, latinos e georgianos.

Por muito tempo, acreditou-se que a única versão das epístolas inacianas fosse a Recensão Longa. No entanto, em 1628, o Arcebispo James Ussher descobriu uma tradução latina da Recensão Média, que ele publicou em 1646. Após essa descoberta, houve um debate por aproximadamente 25 anos sobre qual das recensões representava o texto original das epístolas. No entanto, no final do século XVII, John Pearson defendeu vigorosamente a autenticidade da Recensão Média, e, desde então, existe um consenso acadêmico de que esta é a versão original. Acredita-se que a Recensão Longa seja uma versão interpolada por um cristão ariano do século IV, que adicionou material à Recensão Média para usar Inácio em disputas teológicas da época. Esse mesmo autor também forjou seis epístolas espúrias atribuídas a Inácio.

No meio do século XIX, William Cureton descobriu e publicou manuscritos que representavam a Recensão Curta das epístolas. Embora tenha havido um breve debate acadêmico sobre se essa recensão era mais antiga e mais próxima do original do que a Recensão Média, no final do século XIX, os estudiosos Theodor Zahn e J.B. Lightfoot estabeleceram um consenso de que a Recensão Curta é, na verdade, apenas um resumo da Recensão Média e foi composta posteriormente.


Recensão Longa da Carta aos Efésios


Inácio escreve aos cristãos de Éfeso, elogiando sua fé firme em Cristo e seu amor pelo bispo Onésimo, que ele considera excelente. Ele exorta os efésios à unidade sob a liderança do bispo e do presbitério, comparando-os a um coro harmonioso sob a direção de Deus. Inácio alerta contra falsos mestres e exorta a comunidade a permanecer fiel aos ensinamentos de Cristo, rejeitando doutrinas errôneas e permanecendo unidos na oração e na fé. Ele enfatiza a importância da humildade, paciência, e oração pelos outros, encorajando-os a seguir o exemplo de Cristo em todas as coisas. Inácio também destaca a necessidade de confessar Cristo não apenas em palavras, mas em ações, e alerta sobre o destino daqueles que corrompem a igreja com falsos ensinamentos. Ele termina exortando os efésios a se reunirem frequentemente para a adoração a Deus, fortalecendo assim sua união contra as forças do mal.

Ler esta recensão longa aqui.


Quid Novi em Veteri #5

Símbolos cristãos, artigos e mais.

Paulo Matheus

AGO 09, 2024


Símbolos cristãos nas Olimpíadas


Recentemente, houve uma polêmica em torno da presença de manifestações cristãs durante os Jogos Olímpicos. O Comitê Olímpico Internacional (COI) estipulou que nenhum atleta poderia expressar sua fé pessoal publicamente durante as competições. Embora essa diretriz vise manter a neutralidade e a inclusão nas Olimpíadas, é notável que essa restrição parecia direcionada especificamente ao cristianismo, enquanto outras religiões (e ideologias) aparentemente podiam exibir seus costumes e símbolos sem problemas. É importante ressaltar que a presença de símbolos cristãos é bastante evidente nas Olimpíadas e, para que esses elementos passassem despercebidos, seria necessário subvertê-los completamente.

Aqui vai uma lista de diversos símbolos cristãos que são evidentes nas Olímpiadas e que precisariam de ser totalmente subvertidos para passarem despercebidos:


>>> Bandeiras cristãs


Pelo menos 25 bandeiras possuem símbolos cristãos. Os países nórdicos são basicamente uma cruz cristã. Poderíamos listar diversos brasões de armas (como os da Holanda, Bélgica, Hungria, Bulgária, Romênia, República Checa, Rússia, Luxemburgo, Mônaco e até o Canadá, etc.). Eis uma pequena lista das bandeiras que são hasteadas durante os jogos: