Credo dos Apóstolos

1. Creio em Deus Pai Todo-Poderoso, Criador do céu e da terra,  

2. e em Jesus Cristo, Seu único Filho, nosso Senhor,  

3. que foi concebido pelo Espírito Santo, nasceu da Virgem Maria,  

4. padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado,  

5. desceu à mansão dos mortos, ao terceiro dia ressuscitou dos mortos,  

6. subiu aos céus, está sentado à direita de Deus Pai Todo-Poderoso,  

7. de onde virá para julgar os vivos e os mortos.  

8. Creio no Espírito Santo,  

9. na Santa Igreja Católica, na comunhão dos santos,  

10. na remissão dos pecados,  

11. na ressurreição da carne,  

12. e na vida eterna.  

Amém.


Versão Latina:

1. Credo in Deum Patrem omnipotentem, Creatorem caeli et terrae,

2. et in Iesum Christum, Filium Eius unicum, Dominum nostrum,

3. qui conceptus est de Spiritu Sancto, natus ex Maria Virgine,

4. passus sub Pontio Pilato, crucifixus, mortuus, et sepultus,

5. descendit ad ínferos, tertia die resurrexit a mortuis,

6. ascendit ad caelos, sedet ad dexteram Dei Patris omnipotentis,

7. inde venturus est iudicare vivos et mortuos.

8. Credo in Spiritum Sanctum,

9. sanctam Ecclesiam catholicam, sanctorum communionem,

10. remissionem peccatorum,

11. carnis resurrectionem,

12. vitam aeternam.

Amen.

O Credo dos Apóstolos é uma confissão de fé cristã, também conhecida como Símbolo dos Apóstolos. Embora seja chamado assim, sua origem mais provável remonta ao século V, na Gália, como um desenvolvimento do antigo "Símbolo Romano", uma versão anterior do credo latino do século IV. Ele tem sido utilizado nos ritos litúrgicos latinos desde o século VIII, sendo adotado por diversas denominações cristãs ocidentais, como a Igreja Católica, o Luteranismo, o Anglicanismo, o Presbiterianismo, o Metodismo e outras tradições protestantes.

Apesar de ser mais curto que o Credo Niceno-Constantinopolitano, adotado em 381, o Credo dos Apóstolos mantém uma estrutura trinitária, afirmando a fé em Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo. No entanto, ele não aborda questões cristológicas definidas no Credo Niceno, como a divindade de Jesus ou do Espírito Santo, o que levou à crença, na tradição medieval latina, de que o Credo dos Apóstolos antecede o Credo Niceno.

A expressão "Credo dos Apóstolos" aparece pela primeira vez em uma carta do Sínodo de Milão, em 390 d.C., baseada na crença de que cada um dos Doze Apóstolos teria contribuído com um artigo para os doze artigos presentes no credo.